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Escolher um destino

Agosto 19, 2006

Estou com uma vontade enorme de comprar, de adquirir. Já comprei uma poltrona onde agora me reclino enquanto escrevo confortavelmente, com os pés para cima, e estou cheio de vontade de escolher uma máquina fotográfica digital para adquirir em breve e, quem sabe, até começar a dar mais vida aos textos aqui afixados.
Há alturas em que nem um par de meias compro porque simplesmente não estou com vontade de gastar dinheiro. Menos do que vontade, sinto até um certo fastio de o fazer. O mais curioso e intrigante é que ganho praticamente o mesmo salário desde que há uns anos atrás se instalou a chamada crise económica da qual não há meio de sairmos.

Já me debrucei diversas vezes sobre estas mudanças de humor financeiras. Nunca consegui concluir nada relevante. Mas uma coisa é certa, agora é o momento para planear a próxima grande viagem. Já lá vai quase um ano desde a última e há certos hábitos na vida que não se podem relaxar.

Sinto falta não só das viagens como também, e em não menor escala, da preparação que geralmente faço antes de as encetar. Não é nada de extraordinário, nem resultam daí grandes candidatos a livros de viagens. Mas é um prazer inexplicável o que retiro de umas quantas horas passadas a pesquisar online e a ler guias de viagens sobre os destinos que me interessam.

Já conheci pessoas que nunca planeiam as suas viagens sob o pretexto de ser muito “certinho”, pouco espontâneo. Discordo frontalmente desta teoria. Acho que se não houver um caminho definido seguramente vão-se perder locais e acontecimentos imperdíveis. E depois há todo o fascínio das grandes descobertas de momento que se fazem quando se percorre um caminho pré-estabelecido, sim, mas não de forma vinculativa que impeça desvios com grande valor acrescentado, aqueles que vão ser contados com maior entusiasmo e alegria aquando do regresso. São aqueles acontecimentos que ficam ao lado de todos os guias e planos de viagens. São aqueles que todos os nossos amigos querem saber quando nos interrogam sobre um qualquer destino.

Acho que já perceberam a ideia… agora, aproveitando a minha veia gastadora, vou meter mãos à obra e nada melhor que começar pelo primeiro e mais importante de todos os passos.

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